terça-feira, 23 de agosto de 2011

Desabafo literário



Platão
Estilo,
Periodização
Deixem-na livre!
Não quero um pássaro ferido
Não quero algo científico
Quero-a de corpo
Corpo e alma
Versos sem contexto
Outros rimados
E metrificados
Quero os brancos,
Decassílabos
Sonetos
Quero sem entender
Sem buscar
Quero ler
Quero viver
Quero a poesia
Bruta poesia

Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Banal


São coisas banais,
Ou não?
São sim
Podem não parecer,
Mas escondem a banalidade
Sentimentos que expressam tudo
E não expressam nada
São só palavras,
Desgastadas,
Velhas
Podem ter conteúdo
Mas hoje isso já não conta
É banal
Simples assim

Raiane.R.Reinell

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Escuridão


Uma flor.
Flor de luz na escuridão.
O que ilumina?
Pequenos detalhes.
Pequenas folhas.
Pequenas vidas.
Escuridão que tudo consome.
Luz que se perde.
Escuridão santa...
Esconde o que não quero ver.
Escuridão maldita...
Esconde o que eu preciso ver.
Sombras aproximam-se.
Noite sem luar.
Rara flor de luz.
Uma leve brisa.
Espedaçou-se a flor.
Agora o que resta?
Pequenos vaga-lumes.
Mergulhados no mar da escuridão.

Jéssica A. Espindula.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Madrugada


É madrugada.
Luto.
Luto para escrever
O escuro é bom
Mas as palavras,
Essas saem tortas
Ilegíveis
O significado continua
A necessidade também
A cabeça dói
A mão não.
O olhar muda,
É astuto,
É reflexivo
É madrugada
Hora do recomeço
Hora do fim.
Sono?
Não.
Insônia,
Talvez
Fim?
Não.
Talvez recomeço
Amanhecer
Vou dormir.

Raiane.R.Reinell