sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pessimista?






Aqui. Sozinha. Olho para trás, como tudo mudou. Como as pessoas estão diferentes. Como eu mudei. Pessoas passaram por mim. Algumas ficaram. Outras simplesmente passaram. E umas deixaram marcas. Boas e ruins. Afinal, nem sempre as coisas acontecem como planejado. Fato. Na maioria das vezes, dá tudo errado. Tem um ditado popular que diz assim: se não deu certo e porque não chegou ao fim. Não sei se é com essas palavras, mas a ideias é essa. Eu não acredito nisso. Na verdade eu não acredito em muitas coisas. Tem coisas que não dão certo, porque era para dar errado. Ou simplesmente não tinha como acontecer. Só isso. Vamos ser realistas. O mundo nunca foi um mar de rosas. E nunca vai ser. Outro fato. Me chamam de pessimista. Talvez eu até seja. Mas, prefiro pensar assim a me iludir. Fingir que está tudo bem. Quando a tendência é só piorar. Tentem olhar e realmente enxergar. Eu olho. E não gosto nem um pouco do que  vejo.

Jéssica A. Espindula.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Engaiolado


Coisas surpreendentes acontecem. Coisas boas e ruins. Quando coisas acontecem, fazemos coisas relativas a essas coisas. Está confuso. Eu sei. Eu sou.
Há certas horas do dia, da semana, do ano, que acabamos confinados em nós mesmos. Um sentimento impulsivo nos domina, nos prende e nos tortura. Eu sei. É horrível. Essas horas têm acontecido com certa freqüência. E, como conseqüência os dias não tem sido muito bons.
Uma apreensão muito grande surge. Não surge do nada exatamente. Há fatores de risco. Pequenos e singelos detalhes que acarretam em uma avalanche de sentimentos. Tudo pode começar com uma dúvida, uma discussão mal terminada, com uma saudade diferente ou, do nada.
Os dias se tornam tensos, pesados e lerdos. Nada passa. A hora não passa. A apreensão não passa. A vontade de sumir não passa. Nem a música passa. Mas essa não passa por que não quero, repito-a e repito-a. Não sei se há uma solução.
Espero que os dias bons voltem a acontecer. Espero muito. Anseio por isso como um pássaro busca o céu depois de engaiolado. Enquanto os dias bons não voltam, resta-me entregar-me aos ruins. 

Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Alimento da vontade


Não sei mais o que fazer
Essa sensação me persegue
Não sei descrevê-la
Um latejar impertinente
Um pulsar diferente
Um olhar inconstante
O que é isso?
Uma ligação incessante
Uma conexão sem fim,
Para o inesperado
Droga!
O que é isso?
Deixo-me levar
Resisto à vontade de parar
Tão rápida quanto veio
Ela se foi
Não descobri
Não descobrirei
Agora é simples,
É nulo,
É vazio
Dúvida,
     Alimento da vontade

Raiane.R.Reinell

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quando penso...



Quando penso que está tudo dando certo...
Não está.
Quando penso que não pode piorar...
Lá vem a Lei de Murphy.
Quando penso em sorrir...
Só me sobram motivos para chorar.
Quando penso que acabou...
O ciclo se reinicia.
Quando penso...
Tudo pode dar certo.
Tudo pode dar errado.
Quando penso...
Posso ser criticada ou premiada.
Quando penso...
Deixo de pensar.
Penso no que penso.
E não posso parar. 

Jéssica A. Espindula.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Medo


Ele sempre existe.
Mesmo aprisionado em Guantánamo,
Sobre guarda constante.
Ele existe
E uma hora é liberto
Foge,
Alastra-se.
Agora as vielas escuras,
Antes caminhos alternativos,
Agora susto,
Último lugar a se passar.
Os olhares são detalhados
Mas mesmo assim,
O medo vem,
Vem devagar,
Apodera-se de tudo,
De todos
A qualquer hora,
A qualquer dia
E um dia vai te encontrar
E quando o fizer,
Seu corpo, sua mente
Tudo será tomado e,
Gritos virão.

Raiane.R.Reinell

terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma verdadeira Confusão


Sabe, é tudo tão estranho. Quando eu digo tudo, é tudo mesmo. Tem coisas que acontecem do nada. Pessoas surgem do nada. Eu apareço do nada. Em um lugar estranho. Desconhecido. Como assim? Estão confusos? Acredite, eu estou mais. Ouvindo musicas que nem sabia que existia, muito menos que as tinha no meu computador. O que está acontecendo?  Se alguém souber, me diga. Nem sei onde estou. Me sinto fora da Terra. Na Lua talvez. Acho que a maior questão, não seria o quê, e sim o porquê disso. Apesar dessa confusão toda, estou me sentindo bem. Sentimentos novos....
 Bom, acho que é isso. Esse foi mais um da serie “Não sei o que estou escrevendo”.  Beijos, até a próxima.

Jéssica A. Espindula.

domingo, 17 de julho de 2011

Desabafo




Sinto raiva. Muita raiva. Quero explodir. Não posso. Portanto, aperto a caneta com força e sigo. Inutilidade. É a única palavra que vem a mente. Inútil por não ajudar. Inútil me expressar.
O rosto se fecha. A respiração é compassada e atentamente assistida. Alguns atos, ainda bem, são bem pensados. Às vezes um pequeno silencio salva toda uma vida. Bendito silencio. Salvador da pátria.
Se não houvesse o silencio não sei o que me aconteceria. Os tetos de vidro se romperiam com meus gritos. Faltariam palavras. Sobrariam confusões.


Raiane.R.Reinell
" Em uma noite, 01/06/11.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Horizonte



Olhando para o horizonte
Perco a fala
Expressar o que sinto...
Difícil
Feliz?
Sim, estou
O motivo?
Não posso dizer
Talvez, não saiba
A brisa vem
Acordo do meu delírio
Dizendo-me:
Mas um dia se foi.

Jéssica A. Espindula

Velho amigo



Ele passa rápido,
Outras vezes devagar.
Quando se quer algo,
Espere,
Vai demorar;
Quando quer fugir
Prepare-se,
Ele corre,
Vai em seu encalço
Te pega desprevenido
Você c
               a
                         i,
Você sofre
Ele te consola.
Depois,
Prega-te uma nova peça
Ninguém o compreende
Muito menos o encara
Sabem de sua existência
Mas, poucos o vêem como amigo.
Tempo,
Grande tempo,
Tempo incompreendido
Queres ser meu amigo?
Consola-me
Ajuda-me
Dá-me um fim.

 Raiane.R.Reinell

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Descoberta




Tudo caminha de forma estranha. Sinto-me vazia. Sinto-me só. A vontade de chorar é impertinente. Corrói-me por dentro. Sei que não estou sozinha. Sei disso. Sinto-me só. É estranho. É desconfortável. Não sou normal. Admito.
A respiração é acompanhada mentalmente. O fechar dos olhos é frio e calculista. A música se torna um ato masoquista muito agradável. Ela causa mais dor através de seus solos de guitarra e letras cabalmente românticas. Cada mínima variação de som eleva o que sinto.
A tristeza vem sem motivo algum. Não vai embora. Fica somente adormecida. A qualquer variação emocional a tristeza desperta. A dor vem e descubro que não é tristeza. É saudade.
Sentimento significativo. O ato de senti-lo é cruel. Sua origem é nobre, ou melhor, agradável. Muitas coisas vêem a mente, memórias muito boas. Sorrisos. Olhares. Abraços. Enfim, felicidade. Agora, a lembrança é o que restou. Restou também a ânsia por matar a saudade. Esse é o único meio de sobreviver.

Raiane.R.Reinell

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Penumbra


Feche os olhos.


Veja a penumbra, o ódio e o rancor
Que se apossam de você a cada instante,
Pois sua vida é rápida e o tempo é curto
Mas o arrependimento é grande o suficiente para ser visto em seus olhos,
Olhos que já não mais enxergam, pois,
Há sempre um pois,
o ódio os cegou
.

Raiane.R.Reinell

Reflexo



Olhando para  o espelho. O que eu vejo? Alguém. Um ser que eu não conheço. Vejo tudo. Ao mesmo tempo, nada. Quem é essa pessoa? Acho que sou eu. Pelo menos é assim que deveria ser. Aquele reflexo é fruto de ações. Escolhas sem volta. Desejos. Vitórias. Derrotas. Acho que aquela sou eu. Tem dias que as incertezas e inseguranças, são maiores que tudo. Não me reconheço. Mas, lá no fundo, há uma luz. Uma luz negra, raramente colorida. Ela me lembra quem eu sou. Faz com que eu me reconheça. Passei por momentos difíceis. Perturbadores. Modeladores. Momentos em que as duvidas só aumentavam. E até a luz, aquela luz, me abandonou. Mas hoje, tenho uma certeza. Aquela no espelho, realmente sou eu.

Jéssica A. Espindula.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Rainha da noite


Noite. A lua está linda. Como sempre. Como tem que ser. Magnífica. Encantadora. Tiro  horas para observá-la. Pena que o sono sempre vem para atrapalhar. Muitas vezes, deito em minha cama, e pela janela torno a observá-la. O seu brilho invade o meu quarto. Durmo, feliz, banhada pela magia lunar. Cientificamente falando, a lua é apenas um satélite. Porém, ela é bem mais que isso. O que passa é bem mais que isso. Transmite tranqüilidade. Harmonia. Enfim, paz. Também é um símbolo dos apaixonados. A sua magia contagia. Olhar, leva-nos refletir. Eu sou um pouco suspeita, para falar da lua. Sou apaixonada por ela. Só há uma palavra que possa defini-la. Magia. Somos enfeitiçados por sua beleza.

Jéssica A. Espindula.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Diário de isolamento



Mais um dia, aqui sozinha, no meu quarto. Começo a pensar no que escrever. Não faço a mínima idéia. Coloco uma musica. Nada. Pego o violão. Nada. Lá fora, pessoas se divertem. Sorrisos. Brincadeiras. Luz. Aqui, escuridão. Não consigo sair. Tem algo que me prende. Acho que gosto disso tudo. Frio. Escuro. Uma musica ao fundo. Meu habitat natural. Na verdade, a musica precisa estar alta. Assim, não posso ouvir conversas. A porta trancada. As cortinas fechadas. Nada de luz. Adquiri sensibilidade. Me irrita. Aqui, estou com a melhor companhia que poderia ter. eu. Só eu me compreendo. Mesmo assim, às vezes é complicado. Entretanto, isso não tem mais importância. Pelo menos pra mim não. E assim vou levando meus dias. Um isolamento total. Porém, feliz.

Jéssica A. Espindula.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Simplesmente chorar

                                                 
                  As minhas lágrimas se encontram com a água do mar.
Chorar?
Por tudo,
Por nada.
Pelo passado,
Presente
E futuro.
Começo.
Fim.
Simplesmente chorar.
Sem razão
E explicação.
Lágrimas,
Esperança de limpar as impurezas.
Esperança de salvação do mundo.

Jéssica A. Espindula.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Descaso



Não quero falar. Não quero expressar. Sem reação. Não há como reagir. É difícil reagir ao que vejo. Mas afinal, o que vejo? Descaso é o que vejo. Descaso com tudo. Descaso com o mundo. Com um todo. Com nós mesmos e com os outros.
Cenas se repetem. Nada muda. Os olhares são neutros. Absolutamente neutros. Era para tudo ter acabado há um tempo, ou será 2012? Não sei e nem quero.
Enquanto o mundo não acaba, brinco com as palavras. Não acho isso errado, já que muitos brincam com a realidade. As palavras sim, elas são simples e complexas ao mesmo tempo. Ao passo que representam algo sólido representam também algo ilusório, do plano psicológico.
O descaso que vejo é absurdo. Não se dá atenção a mais nada. O necessário e o urgente não mais existem. O fútil prevalece cada vez mais. E o que fazer? Nada? Esperar? Não sei. Faça o que quiser. O descaso começa a inundar-me. 

Raiane.R.Reinell