quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dinheiro



Dinheiros,
Onde vocês estão?

Eu vos procuro
A conta de luz,
Internet
e aluguel também!

Acharami!

A conta de luz te achou,
O aluguel também.

Todos menos eu.
$$$$$$$$$$$$$

Raiane.R,Reinell

Mormaço



Talvez as palavras queiram sair um pouco, talvez queiram preencher esse ar morno ou frio que está por ai soltinho, soltinho.  Uma parte dessa louca vida tem estado chata, parada e sem graça, a outra parte nem tanto. O ar não tem ajudado a brisa mal tem soprado. Os ventos não levam a lugar algum, o sol não indica o caminho e o frio não se aquece.
A melancolia é evidente, o cansaço do nada também, a saudade de um tudo, o tédio, enfim, uma penca de coisas talvez perplexas ou não. Talvez só loucuras sem nexo, como sempre. O sentimento é confuso, sem origem ou possível fim.
A música contribui para uma melhor fruição ou catarse da própria consciência.  A essência leve e tranquila da melodia deixa as coisas mais lentas, mas opacas e realistas.  A voz vai fundo, segue por caminhos já conhecidos, mas chega em fins diferentes a cada nova letra, a cada nova melodia.
As palavras saíram devagar, mas tranquilas e leves como papel. É um alívio repentino em meio ao mormaço da vida, em meio ao caos interior que se apossa de todos os meus dias, sem tirar nem por. 

Raiane. R, Reinell

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Bucólico




Tantos textos foram escritos, quantas palavras confortaram. E agora, não restam duvidas, muitas delas foram em vão. Se é bom ou ruim, não se sabe, a duvida sempre existirá. As confusões mentais são eminentes e, a única coisa que resta é seguir em frente, sob o sol e sob a lua.  O sol queima a face e a lua, junto com as estrelas, completa a noite, bela paisagem por sinal.
É dia, um dia claro, com tão poucas nuvens que o sol incomoda olhos cansados e sonolentos. Mas, é lindo ver tal dia se concretizando. Tudo no fim é lindo, até a mais trágica das tragédias. A beleza das coisas é eminente, maldosamente óbvia. Tão óbvia que está esquecida. É uma pena que poucos a percebam.
O bucolismo volta e dessa vez não está tão melodramático ou triste. Está confortável em sua admiração platônica pela natureza envolvente, pelas sombras no asfalto que corta a serra e, por todo o verde que faz do asfalto um intruso cruel.
 O texto é incerto, sem tema ideal, sem paragrafação planejada. É tudo instantâneo.  As palavras saem e se alojam na tela em branco a sua frente. É louco, irreal ou surreal. Indelével, inefável.   Outra subida bucólica entre o asfalto e a serra verde ao lado, atrás e pela frente. 

Raiane.R.Reinell

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sereia





O barulho das ondas prevalece.
O vento a alma acalma.
Sob as aguas a sereia adormece
E depois cantará aos homens.

As melodias seduzem
O homem estremece,
À agua vai.
E o homem como que por encanto, vem.

Só alguns minutos
Não há mais pensamentos.
Não há mais movimentos.

O encanto só acaba no fim.
Com o cessar do canto
E o afundar dos corpos em pranto.




Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Respostas, ou não




Talvez eu tenha descoberto a resposta para tantas aflições, ou melhor, uma justificativa para elas.  Tudo me incomoda. Literalmente tudo. As pessoas me incomodam, a mudança de tempo me incomoda, as ações das pessoas me incomodam. Tudo. Tudo. 
O comodismo me incomoda. Coisas que aparentemente são óbvias me deixam mais incomodada do que antes, muito mais incomodada. Qualquer deslize, por mais idiota que seja me deixa incomodada, raivosa ao extremo, ao ponto de tentar fazer algo mais irritante.
Talvez um senso crítico álter-ego de um senso isento de cobranças tenha surgido e tomado conta de tudo. Não sei se o que me surpreende mais é o pseudo-amor que está na moda ou a descartabilidade, vulgo substituibilidade das pessoas. Não sei de muita coisa mais. Não me conheço mais. Tampouco conheço os outros.
A vida não tem se tornado nada fácil com essa irritabilidade constante. Manter relações amigáveis está difícil. Não sei ao certo o que fazer. Sei que está complicado. Sei o que sinto de mais concreto, um amor, uma amizade. Já essa raiva é tão instável quanto à bolsa de valores. É uma raiva, um ódio que surge de repente e da mesma forma se vai.
Sendo assim, manter-me distante tem sido uma ótima solução. Não sei se é a certa, mas talvez seja a melhor para não piorar as coisas. Porque, não sei de nada mais além do que eu já sabia antes de tudo começar a se tornar irritadiço.

Raiane.R.Reinell


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Alcoolização





Enfim, tudo se divide.
Um tédio
Uma saudade incontrolável.
Os segundos não passam.
É imutável
Talvez nem tão imutável assim
Saudade pode ser controlada
No tédio dá-se um jeito
Para a saudade as coisas são mais difíceis.
Pelo menos o álcool está sempre por perto
Inebriando mentes
Anestesiando corações doentes
Vingando sentimentos torturados
O efeito passará
Mas, a ressaca cuidará do resto.
Ou talvez não.
Talvez nada aconteça.
Nada.
O nada.


Raiane.R.Reinell

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cousas




Não sei escrever de amor
Não sei escrever sobre corações sorridentes,
Sobre almas cantantes
Escrevo sobre a lágrima que cai,
Sobre a entorpecente noite,
Sobre a chuva a lavar a alma
Sobre a dor de cair,
Sobre o medo de levantar
Sobre o alcoolismo
Sobre os eufemismos,
Não sobre pleonasmos
Só eufemismos.

Escrevo sobre cousas
Cousas sobre a lua,
Cousas sobre pessoas,
Cousas sobre o escuro
Cousas sobre lágrimas,
Cousas de problemas
Só cousas deveras ruins

Raiane.R.Reinell