segunda-feira, 28 de maio de 2012

Conto jamais de fadas



O amor esqueceu e só deixa a dor. É Raul, estás certo. Essa desgraça de amor é o filho de uma bela de uma puta. Faz-me baixar o calão.  Prejudicou muitos, ajudou também, mas o pior sempre prevalece.
O masoquismo é eminente. Só sobram malditas lembranças que se remoem. Nem o carinha que nasceu a dez mil anos atrás sabe a cura pra isso. Afinal, ele viu o amor nascer e se assassinado.
Creio que quando o tal amor nasceu ele era uma criança boazinha, que trazia felicidade ás pessoas, que encantava. Mas ele tinha pais violentos, mal humorados e vingativos. Aí ele cresceu e foi ficando amargurado, rude e muito perverso. Ele começou deixando as pessoas felizes, mas como ele não era feliz vingou-se na tristeza dos outros, deixando todos em pranto.
De maldade em maldade ele foi sendo odiado pelas pessoinhas que sofriam por causa dele. Eles reuniram-se com tochas, lanças e sabe-se mais o que. Todas as armas foram muito bem utilizadas, o coitado do amor tentou correr, entretanto não foi rápido o suficiente. Então, o amor morreu.
Agora se vive um amorzinho fajuto típico da modernidade e um pouco diferente daquele que o Raul costumava cantar. O tal amor tenta nascer e morre antes mesmo de começar a caminhar. Assim as pessoas ficam escrevendo bobagens para não sofrer tanto por amor.


Raiane.R.Reinell

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Guarda-Olhos




Permaneço escondida em mim mesma, o que sinto não demonstro, o que é meu não reivindico. O guarda-chuva esconde minha face para que outros não a vejam. Não é medo, não é vergonha, é precaução. Não quero que vejam o que luto tanto para esconder. Não quero que vejam que sou tão humana quanto todos, que sofro por amor e me alegro com coisas simples. O guarda chuva esconde meus olhos. Esses podem em questão de segundos me delatar a quem os olhar profundamente.
A janela para meu interior. Olhos cansados de tudo. Felizes com a vida. Cansados de lutar. Pronta para ir em frente. Eu acho. Não sei. Nunca sei das coisas. Não me importo. E você? O que tem a ver com isso? Nada. Isso mesmo. Nada. Pronto. Acabou.

Raiane.R.Reinell

sábado, 19 de maio de 2012

Talvez o tempo



Uma felicidade insana se aposse de um humilde ser. O motivo não se sabe. É uma felicidade boa, sem opiniões e contradições. É um momento raro e, por isso, merece ser aproveitado. Sorrisos loucos chegam as faces rosadas e sem álcool. É divertido.
A música vai fundo, penetra até as veias, corre junto a uma velocidade desconhecida e chega ao tão cansado coração.  Chega, volta e sai com a respiração e depois, como num ciclo, penetra as veias de novo.
Essa sensação bem que podia ser constante. Não seria nenhum pouco ruim rir mesmo com alguns pequenos e incômodos problemas. Os problemas perderiam o sentido se a vida seguisse sorridente.
Ela não segue, é meio bandida essa ai. Mas, o lance é aproveitar o momento. Os problemas vão chegar, ou melhor, vão aflorar de novo, é natural. Hoje eles deram uma pausa, foram descansar. E, no fim tudo vira uma festa.
Os sorrisos continuam, o sono vem chegando, mas ainda não é a hora de dormir, não é mesmo. Se os sorrisos permanecem não é mesmo a hora de dormir e acordar os problemas para tirar o sono. Deixe que o sorriso viva bastante. Até as músicas que ouvidas trazem lembranças estão sendo bem aceitas. Talvez o tempo esteja realmente surtindo efeito, só talvez, não se sabe e, não saber é bom em alguns casos.
Que o tempo passe, que a vida não corra, mas não ande devagar, siga apenas. Que o tempo faça o trabalho que tem de fazer. Que as respostas cheguem no momento certo. E, que os sorrisos permaneçam o tempo que for necessário, ou seja, sempre.

Raiane.R.Reinell

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A garotinha




A garotinha andava pela praia à noite e, pronto, morreu. Não, não é uma boa história. Vamos recomeça-la.
Em uma noite e clima envolvente uma solitária garota ou mulher, caminhava pela praia. Silenciosamente seus problemas, medos e aflições a espreitavam. Ela não via isso.
Caminhava e seguia caminhando. A caminhada parecia não ter fim. A cada estante o céu escurecia mais. Ela também não percebia isso.
Ao chegar num pequeno rochedo à garota/mulher parou. Por longos instantes seus olhos fitaram o mar, bem ao longe. Quase não se via o mar. A única coisa visível era seu começo, pois as luzes da cidade ainda alcançavam aquele pequeno trecho de praia.
De nada sabia ela. Seus problemas, medos e aflições ali estavam. Escondidos em meio às sombras do rochedo. Eles estavam a observando há muito tempo, muito mesmo.
A pobre garota mulher não viu todos eles a cercarem. O mar a iludiu e toda a realidade, dura realidade, foi deixada de lado. Ela não viu o que a sufocou tão rápido.

Raiane.R.Reinell

terça-feira, 15 de maio de 2012

Conversando com os mortos...


Passado, meu querido passado.
Mortos, o que hoje nos confessaram?
Aonde estão os seus diários?
Não escondam-se.
Queremos apenas decifrá-los.
Não ocultem de nós a verdade.
Que isso... Não daremos trabalho.
Só precisamos de documentos.
Só isso.
Temos a necessidade de conhecer o passado.
É a nossa paixão.
Quando os deixaremos em paz?
Nunca!
Somos historiadores, lembram?

Jéssica A. Espindula.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Confissões




Sim, eu sou romântica,
Não nego,
Tampouco me envergonho.
É a minha essência
Entrego-me as coisas que faço
Choro quando preciso
Caio em um frenesi de gargalhadas,
Na hora certa fico séria
Sim,
Sou romântica
Não nego
E porque deveria negar?
Não há razoes em negar.
Não há razão para dizer certas coisas
Para dizer que sonho acordada,
Que tenho ideias ditas velhas,
Que começo a rir ouvindo mísicas bonitas
Que me imagino em cenas que não ocorreram
Que idealizo o amor
E que sonho em um dia encontrar um verdadeiro.
E quem mal há nisso?
Não sei,
Nem penso em saber.
Sou apenas a doce alma de criança
Em um corpo de mulher
A pequena sonhadora
Apena isso
E, isso me basta.

Raiane.R.Reinell