quarta-feira, 29 de junho de 2011

Recomeço


A chuva
O esforço de seguir a diante
O vento
A revanche
O tombo
A música de fundo
A lembrança
As gotas de chuva
A dor
A perseguição
O sorriso
O triunfo
Triunfo?
Não!
O remorso,
A dúvida
O trovão
O frio
E o sol novamente
Recomeço.

Raiane.R.Reinell

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ligações


É um sentimento estranho. Uma angústia. Uma preocupação. Um inconveniente acidente repercutiu a muitos quilômetros de distância. As horas passam milimetricamente. Cada instante é passado com dúvida, com preocupação. Algumas ligações não se rompem. O tempo não as apaga. A distância não as enfraquece. É uma ligação forte.
Não sei quão forte as coisas podem ser. Sei somente que são. É incrível presenciar tal força. Tudo é sentido. Cada batida de coração. Cada arfar da respiração. As dores não são sentidas no âmago. São absorvidas e acumuladas.  Sinto-me estranha. As coisas à minha volta estão sem vida. Pequenos flashes de realidade surgem. Vão embora.
Resta-me apenas a solidão. Triste, inevitável e boa solidão. Boa sim. Só com ela posso chorar ou gritar em paz. O silêncio é meu amigo. Só é quebrado pelas melodias das músicas que escuto. Elas chegam fundo. Não as letras, mas sim a melodia. Elas, de uma forma estranha, refletem o que tenho por dentro. São as mais variadas melodias, mas todas assumem a forma que quero. Aflição. Saudade. Necessidade. Tristeza.
Só espero que haja alguma melodia que seja absorvida de forma diferente. Talvez na forma de força, esperança ou coragem. Mesmo que não seja uma melodia a mudar-me. Pode ser sim, alguns quilômetros a menos e sorrisos a mais. Ou ainda um silêncio sem a sombra constante da dor. Só quero isso. Apenas isso.   

Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nas águas do mar


Aqui nesse lugar lindo paro para  pensar. Ouvir as ondas me faz bem. Queria ser como esses pássaros, voando livremente e se atirando na água sem medo. Sem medo. Aqui, com a brisa tocando o meu rosto. Relembro o passado. Relembro os momentos bons. Relembro de pessoas inesquecíveis. Penso também no futuro. O que será de mim? O que será do mundo? Tudo poderia ser diferente. A vida às vezes parece o mar. Ora maré baixa ora alta. As ondas trazem para a areia coisas escondidas. A vida trás à tona coisas que deveriam ser esquecidas. Aqui olhando  para o mar. Penso. Qual será a próxima lembrança que virá com o barulho das ondas?O que escreverei?

Jéssica A. Espindula.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Traição



Traição
Palavra ordinária
Sem convicção
Arde a alma,
Corrói o coração.
Como em um filme ruim
Tudo acaba mal
As palavras saem   t
                                        o
                                                     r
                                                                  t
                                                                             a
                                                                                         s,
Os rabiscos são pesados
Nada é dito,
Nada é pensado
Mata-me
Tortura-me
Não tenho o que escrever.
Não escrevo.

Raiane.R.Reinell

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Padrão de Beleza


Vivemos em uma sociedade injusta. Fato. Uma sociedade que criou regras e padrões. Padrões muitas vezes absurdos. Todos têm que andar na linha. O certo é ser chato. Sem graça. Mas, um dos piores padrões já criados,  foi o infeliz padrão de beleza. Quem disse que para ser bonita precisa ser super magra? Será que ninguém percebeu o crime que isso é? Muitas pessoas, principalmente garotas, já ficaram doentes e até morreram por causa disso. Cada pessoa tem sua beleza própria. Não existe um padrão. E sinceramente, quem segue o padrão a risca, fica frágil, parece que está doente. Na verdade a pessoa fica doente. Eu acho que sim, ser magro é bonito. Porém, tem um limite. No Brasil então, que a natureza da mulher é ter um corpo bem definido, não adianta lutar contra isso. Na verdade, o mais importante, é ser feliz consigo mesmo. Gostar do seu corpo e do que vc é. Só isso que importa. Se tiver gorda ou magra, essa não é a questão. Temos que colocar a saúde em primeiro lugar. E a aceitação própria é um ótimo caminho para felicidade.

Jéssica A. Espindula.

domingo, 19 de junho de 2011

Incompreensível


E eu acabei no mesmo lugar. De frente para o computador. Escrevendo o que tanto me consome. É difícil. Não impossível. Só difícil. A nuca pesa. Os olhos estão cansados. O tempo não é mais o mesmo. Segue sem ritmo. Instável. Ora rápido, ora devagar. Não sei o que acontece. Simplesmente acontece.
Estou confusa. Sinto frio. Sinto desanimo. Quero sair daqui. Quero me enterrar em algum lugar longe de tudo. Instabilidade é a palavra-chave. Nada me distrai. Nada me conecta a algo. Sinto raiva. Sinto medo. Sinto angustia. Quero fugir. Não sou covarde. Mas quero fugir. Quero fugir dos problemas. Quero ver as soluções. Não enxergo nada.
É uma pena que as soluções não venham com a facilidade com que os problemas apareçam. Na verdade não são problemas. São crises psicoemocionais, se é que tal palavra é a correta para a situação.  Eu só sei que tudo está estranho.
Os sentidos não são mais os mesmos. As emoções estão instáveis. Ora raiva, ora amor. Não sei se estou louca. Não sei se já fui normal. Sei apenas que estou incompreensível. Incompreensível pra mim, para os outros. Incompreensível a todos.

Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Tentativa



E num surto de adrenalina tudo mudou. Os sentidos ficaram mais alerta, a mente mais pensante e tudo o que se precisava fazer era agir. Não agimos. Ficamos estáticos no tempo vendo a vida passar. E a vida passou.
Junto com ela foram, a força, a vontade, a fé, a luta, o desejo e tudo o que nos fazia ir adiante.
Paramos. O que vai acontecer agora? Nada!
Absolutamente nada, veremos a vida seguir. Os dogmas não serão contestados, textos não serão escritos, criticas não serão feitas e não caminharemos um passo sequer.
Mas se os olhos se abrirem e adrenalina e tudo o que for necessário funcionarem como devem as coisas mudam. Lutaremos por dizer o que queremos, mostraremos ao mundo do que somos capazes. É só disso que precisamos seguir adiante com a vida e com nós mesmos. É isso que tentamos fazer.

Raiane.R.Reinell


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amigas




Um ano se passou. Muito tempo para alguns. Pouco tempo para outros. Muita coisa mudou nesse longo, curto tempo. Minha vida e das pessoas próximas a mim, mudaram completamente. Algumas mudanças boas. Outras nem tão boas assim. O maior problema e que essas mudanças distanciaram pessoas. Caminhos diferentes. Sinto saudade. Muita saudade. A um ano atrás, estávamos todas juntas. O quarteto fantástico. Eu e as minhas amigas. Hoje estamos mais amigas que nunca. Porém, há uma distância entre nós. Fico triste por isso. Fico feliz pela nossa amizade que só cresceu. Estamos todas bem. Cada uma com seus problemas. E com apoio de umas as outras sempre. A saudade está matando. Fazer o que né?! A visa é assim. Amo muito vocês amigas.

Jéssica A. Espindula.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Simples e óbvio



Fecho os olhos, paro no tempo. Sim, paro no tempo, no meu tempo. O coração continua a bater, mas bate por obrigação e não por simples desejo. A muito a vontade se foi. Os passos seguem por rotina, os olhares também. Os sons que são ouvidos são, simplesmente, ouvidos e não mais estudados. Aquele sorriso que antes existia hoje já não passa de um simples posicionar de lábios.
A única coisa que resta são alguns indesejáveis questionamentos. Esses são muitos. Por que me sinto tão vazia quando tudo a minha volta parece tão lotado? Não sei, não sei.
Por que todos aceitam coisas que para mim não passam de bobagens e mentiras? Essa acho que sei a resposta! Muitos se deixam levar facilmente e acabam aceitando mentiras. Essas mentiras acabam sendo ditas com tanta freqüência que se tornam verdades absolutas para quem as diz. Tão simples e tão óbvio. 

Raiane.R.Reinell

O blog!!



Aqui estou mais uma vez pensando no que escrever. Mas, eu nunca consigo escrever sobre o tema no que pensei. Não sei porque. Tudo que eu escrevo sai naturalmente. Simplesmente escrevo. Por exemplo, não era para eu estar escrevendo isso. Porém, sei lá, escrevi. Sou meio complicada com esse negócio de escrever. Tem dias, que escrevo muito. Tem semanas que não escrevo nada. Em um dia um lugar me expira , em outro ele tira a minha concentração. Vai entender. Sou meio confusa. Acho que já deu pra perceber, pelo o que eu escrevo. Pois é, essa sou eu. O blog me ajuda. É uma  forma de demonstrar o que penso e o que sinto. E a cada dia me apaixono mais por isso tudo. Mas então, vou parar com isso e escrever alguma coisa que realmente tem haver como o blog. Esse texto foi só pra descontrair um pouco. Até a próxima.

Jéssica A. Espindula

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um dia na praia



O céu está azul,
A brisa sopra leve
As ondas vêm,
As ondas vão...
O cenário é belo
Uma história?
Talvez.
O vento,
Este bagunça o cabelo
Não há muito com o que lutar
O balanço das ondas embala a mente
O vento frio inebria o pensar
O sol aquece a pele,
Aquece a alma,
Não há como fugir,
Não há como escapar
Portanto,
Entrego-me.
Caminho de encontro
De encontro ao absoluto
Absoluto iludir
Absoluto pensar,
Absoluto mar.

Raiane.R.Reinell

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Protesto


Temos direitos e obrigações. Fato. A nossas obrigações são lembradas todos os dias. E os nossos direitos? Esse é o problema. Obrigações exigidas  e direitos não cumpridos. Temos direito de liberdade de expressão. Pelo menos na teoria. Na verdade a nossa liberdade de expressão tem que ficar presa em pequenos grupos. Quando a forma de pensar começa a incomodar os poderosos chefões, o direito acaba. Quando o movimento começa a crescer, surgi um problema. O protesto. Ele é visto como um ato de vandalismo na maioria das vezes. Discordo disso. É  isso que querem que todos acreditem, que o protesto é um  ato de vandalismo. Em alguns sim, acontece isso, mas só nos que o objetivo não está realmente traçado. Isso não é motivo para generalizar. Mas então, nesse ponto entra a mídia. Ela é formadora de opiniões, geralmente erradas. Mostram apenas o que querem mostras. No que querem que a população , que não estar à par do acontecimento, pense. Na mídia quem gera a violência são sempre os manifestantes. Esquecem de informar, que quem vem com bombas e armas é a polícia. Porque será que eles esquecem desse detalhe? Manipulação. Acho que antes de começarem a criticar, pesquisem uma fonte segura. Conheçam o movimento. Só assim que saberão  quem realmente está com a razão. E nunca  se esqueçam de lutar pelos seu direitos.


Jéssica A. Espindula.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Morte


Em um momento  tudo acaba. A tristeza  toma conta dos presentes. Quem sabe seja um alivio. E o que encontrar depois? Talvez não  tenha algo a ser encontrado. Muitas pessoas encaram a morte como um sofrimento. E ruim sim, perder quem se ama, porém é algo inevitável e natural. A morte é uma certeza. Para aliviar um pouco a dor da partida, muitos acreditam em uma vida após a morte. Se existe ou não, ninguém pode afirmar. O melhor a se fazer e ver o lado bom da morte. A libertação. O fim de sofrimentos. Uma certeza absoluta. Incontestável. Acredito que ser imortal não seria bom. As pessoas iriam perder tanto tempo, dizendo que teria todo tempo do mundo, e não variam nada. A monotonia tomaria conta. Tédio. E sinceramente, não valeria a pena ser eterno. Ser um simples  visitante já é difícil, imaginem ser um morador. A morte não é algo ruim. Ela é o que nos motiva a viver. Por ela que vivemos. Sem um fim não haveria um começo.

Jéssica A. Espindula.


Diante do Espelho



Antes tudo doía. Lágrimas correram. De frente para o espelho. Vendo minha angústia. Sofrendo em dobro. Mas todo sofrimento um dia acaba.
As lágrimas findaram. Uma nova pessoa surgiu. As angústias permanecem. As dores também. O que muda é a capacidade de compreendê-las, estudá-las e vencê-las.
A pessoa diante do espelho é a mesma. Se reflexo esbanja coragem. Vontade de superar o que precisa ser superado. As válvulas de escape se fazem úteis. As lágrimas, primeiro, reflexo da alma enraivecida e ávida por respostas. E, depois o papel que absorve cada sentimento, cada palavra, dita ou não.
Lágrimas, gritos, murros e palavras passaram. Muitas vezes mais voltarão a passar. A vida é assim, cheia de altos e baixos. Problemas e soluções. Soluções sem problemas. O que vale é a intensidade com a qual se vive o viver. Os mais terríveis sentimentos tendem a se transformar em algo ilusório ou real. Realmente. O sentimento presente é o titubear do corpo, da alma. Movimenta tudo. É original de tudo. É o viver. É a vida. Desejo ardente ou ódio ácido. Viver. só isso. Viver. Sorrindo ou chorando. Apenas viver.

Raiane.R.Reinell