segunda-feira, 28 de março de 2011

Surpresas

Como pode ser desse jeito. Às vezes acontecem algumas coisas assustam. As brincadeiras do destino não têm graça. Elas assustam. Pregam pesas. Coisas que nem imaginamos acontecem. Sentimentos inexplicáveis surgem. Ações nunca sonhadas. E essas ironias muitas vezes transformam a nossa vida. Nos separam. Nos unem. Criam e desfazem amizades. Nos fazem relembrar o passado e sonhar com um futuro. Algumas coisas são apenas para nos transtornar. E ao mesmo tempo trazem respostas. Respostas que já sabemos, mas não aceitamos. Por medo, talvez. Essa loucura, só nos mostra uma coisa... somos maleáveis. Moldados dia a dia, por fatos, ações e sentimentos. Pequenas palavras já fazem uma grande diferença. Todos somos assim, frágeis. É a vida. É simplesmente a vida. Como mudar isso? Não a como. Só nos resta aceitar e aprender a conviver com, as inevitáveis, surpresas.

Jéssica A. Espindula

sábado, 26 de março de 2011

Sem sentido



E o tempo passou, as coisas mudaram. Ao olhar para trás tudo ficou mais opaco, como se já tivesse ocorrido há muito tempo, mais tempo que o normal. O olhar já não é como antes, tudo esta diferente.
As dores não são mais as mesmas, há rostos novos, olhares novos, pensamentos loucos, vontades insaciáveis, coisas obsoletas ganharam novos sentidos e caio de novo.
Turbilhão de pensamentos intragáveis que não me tiram do lugar.
A vontade de gritar é grande o suficiente para me fazer pesar os dedos no pobre teclado, que nada tem haver com isso, e, surpreender-me com o que escrevo.
Escrevo coisas sem sentindo, que passam pela minha cabeça com tanta freqüência que já não possuem mais importância e, por não as passo para o papel; simplesmente as deixo vagando em minha cabeça, como um peixe sem rumo em seu minúsculo aquário.
E como tudo tem seu fim, o peixe um dia morre e, as idéias lunáticas também. O dia passa devagar e, a noite chega trazendo coisas que já não eram ditas no passado.

Raiane.R.Reinell

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu mudei!!!!




Muita coisa mudou. Muita coisa nova. Coisas boas e ruins. Pessoas incomparáveis e outras que não deveriam existir. Desafios. Dificuldades. Alegrias. tudo sem o seu lado ruim. Temos que aproveitar o que é bom. As coisas realmente mudam, mas as pessoas... nem sempre. Eu mudei. Olho para o passado e vejo que mudei. Aprendi muito.. abri minha mente. Mudei os meus valores. Refiz os meus conceitos. Percebi o que realmente é importante. Percebi o que realmente acredito. E estou disposta a lutar pelas minhas crenças. Lutar por mim. Lutar pela liberdade. O que importa é estar bem. E hoje estou. Podem me criticar.não vou crer no que não acredito. Consegui me libertar. Romper os meus limites. Olho para o presente. Mudei. Mudei para melhor.

Jéssica A. Espindula 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Querer

Um lindo dia começou. Sol. Céu azul. As aparências são realmente belas. E a realidade? O que está acontecendo? O que se passa longe da minha varanda? Gostaria de entender e ver tudo. Entender mensagens que cuidadosamente foram escondidas. Ver  o que foi mascarado. Ver as pessoas. O coração. Ler as mentes. Compreendê-las. Estudá-las. Ajudá-las a se libertar. Gostaria que todos nós pudéssemos ver tudo de outra forma. Enxergar á distância, aonde há necessidade de ajudar. E ter capacidade de ajudar. Tirar lições boas de momentos ruins. Queria que existi-se somente momentos ruins, não pessoas ruins. Que a humanidade se ajuda-se, não se autodestrui-se. Que os sonhos bons se tornassem realidade. E que os pesadelos nem existissem. Gostaria que as coisas fossem mais simples. Que a vida fosse mais simples. Que para conseguir algo, só basta-se querer. Mas, infelizmente, as coisas não são assim. Temos que lutar muito para sobreviver. Não podemos confiar em ninguém. Quem sabe um dia tudo mude. Não custa nada sonhar. Ou custa?

Jéssica A. Espindula.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dorzinha nada desagradável

Maldita dor! As coisas caminhavam bem, pelo menos caminhavam, até vir a gripe e a imprestável dor de cabeça. As horas de sono se tornaram escassas, o silencio antes tão desagradável agora se tornara um utensílio para manter a cabeça estável.  A ausência de um som perceptível tornou a passagem de tempo em algo mais angustiante, cruel. Além do tic tac em minha cabeça, a angústia causada pelo silêncio tornava os instantes mais incômodos.
Tudo estava paralisado, os móveis da sala ganhavam um ar mais mortífero, sombrio. Ficar parada olhando a hora passar não é algo bom. Por que não ligar o som ou o computador? Simples, porque sua dor de cabeça vai piorar.
Ignorando os gritos em minha cabeça ligo o computador. A música pede para ser ouvida, e eu, uma simples mortal, seguiu esse singelo instinto. Pronto. A música agora flui junto com meus dedos tilintando no teclado.
Como é estranho perceber que mesmo nas mais variadas situações nosso estilo prevalece. Apesar de uma dor de cabeça lastimável acompanhada por uma gripe incansável, minha vontade por um som e um computador ligado prevaleceu.  Pode ser teimosia ou não, mas o que importa é que as coisas se tornam mais amenas quando estamos em um lugar conhecido, aconchegante e útil. Afinal até uma dor de cabeça pode se tornar motivo para um texto.

Raiane.R.Reinell

Injustiças

As pessoas gostam de serem ouvidas. Mas, não escutam. Acham-se donas do mundo. Acham que podem mandar em seus semelhantes. Acreditam que podem tudo. A hierarquia é quem manda. Dizem que sabem julgar, o certo e o errado. O interrogatório é simples. Eu não estou falando de um caso judiciário. Estou falando de nós. Nossa consciência. Nossos atos. E nossa mania de julgar. O nosso julgamento é simples. Perguntamos respondendo. Perguntamos condenando. E a ultima pergunta é decisiva. “você concorda comigo?” se a resposta for negativa, está condenado. Está condenado a ser culpado de tudo. A não aceitarem o que pensa. Um simples fato que ocorra, após isso, é motivo para sua tortura. Suas lagrimas podem rolar. Problema seu. Neste caso, não há esperança de absolção. Porque, quando pensa que você é culpado, nada os fazem mudar de idéia. Acreditam que nunca erram. E os verdadeiros culpados, estão soltos. Rindo. Esperando uma nova oportunidade. Querem te envolver, cada vez mais. Querem a sua felicidade. Só o deixam quando a conseguem.

Jéssica A. Espindula.

Tristeza em relembrar...

Às vezes algumas lembranças nos fazem entristecer. Assistir um filme que conta a sua história, sendo que a tela de projeção é sua mente, é difícil. É triste pensar que alguns momentos simplesmente se vão. Lembrar de alegrias que foram seguidas de estrema tristeza. É triste perceber que o passado ainda tem poder de te balançar. Ter que confessar que ele deixou marcas. E toda vez que vem a tona, faz com que as feridas voltem a sangrar. Uma simples palavra que o lembre. Uma simples pessoa que fez parte dele. Pode ocorrer, que essa pessoa seja ele. O passado. As recordações fazem reacender um sentimento bom. Único. Belo. Mas passageiro. O motivo de ser apenas um passado, causa dor. Mas, como já disse, é apenas um passado. Resume-se a isso agora. Apenas um passado. Que o tempo vai se encarregar de apagar.

Jéssica A. Espindula.

quarta-feira, 9 de março de 2011

E ele levou e trouxe de volta


O vento frio que vem da janela me desperta de um topor exorbitante.  O frio que percorreu minha espinha fora o suficiente para me trazer de volta a realidade. Antes me mergulhada em um mundo sombrio. Um lugar escuro, mas aconchegante, onde as mais variadas distrações estavam ao meu dispor, mas nada me importava. O local me encantava, tudo estava bom de mais para ser verdade. Foi por isso que meus olhos se tornaram mais atentos e receosos.
Veio o vento. Abri os olhos de verdade!  O mundo voltou a ser como antes, cheio de pessoas, mas da mesma forma solitário. As pessoas passam, mas não se fazem presentes. Apesar da claridade, as coisas continuam na penumbra. Os livros não trazem mais respostas, só trazem dúvidas e mais dúvidas, mesmo assim insisto em folheá-los freneticamente.
A cada página inutilmente virada, minha cabeça era torturada com mais uma ardilosa duvida. Joguei o livro longe. Fechei os olhos. O efeito do vento frio passara, e retorno a meu mundo sombrio. Veja! Ele esta diferente. Mais pertubardor e atraente. E de repente as perguntas sumiram. Sumiram porque percebi quem nem todas precisam de respostas, simples assim, e o distanciar-me um mundo de problemas aconcheguei-me em meu doce e obscuro subconsciente.

Raiane.R.Reinell

segunda-feira, 7 de março de 2011

Tudo outra vez

Lembranças de um tempo onde nada importava, vivia-se cada dia, como se fosse o único.
Era bom, saudável e divertido. Pena que acabou. Agora resta apenas o barulho abafado das grandes cidades, a fumaça lacrimejante nos olhos e, nenhum sentido do que é viver. Vive-se em sentido do salario no fim do mês, só isso. Não se vê mais pessoas pensantes, mentes abertas o suficiente para tentar entender o mundo e admitir que nada sabemos, como diz o amigo Sócrates.  Ao pensar que a tudo já está devidamente explicado paramos no tempo. A igreja nos diz algo, a ciência outro, e em nada acreditamos. Quem crê nos ensinamentos da igreja menospreza a ciência. Quem crê na ciência faz o mesmo com a religião.  Só poucos os que os conciliam, ou tentam.
Todos pararam no tempo, em um lugar que só existe repugnância, desprezo, mentira, ódio e dor. E uma dor suficientemente grande para trazer de volta alguns que com ela se incomodaram. Estes passaram a pensar, a mover ideias e lutar para abrir os olhos de todos. Portanto, foram vistos como errados, loucos e doentes.
Tudo se perde, e está acontecendo.

Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 2 de março de 2011

Alucinações


Como definir algo que vai além de tudo, do bem, do mal, do certo e do errado?
E ele sentiu uma sensação estranha, difícil de descrever. Leu uma frase e algo aconteceu. Os impulsos o levaram a uma sensação cruel, a dúvida.
Sexto sentindo talvez, não sei e, nem ele. Ele só sabe que não sabe definir o que sente.  E só sei que quero descobrir o porquê de tal sensação.
Delírio de Sophia, simplesmente delírio. Algo inesperado, duradouro ou não.
A sensação continua e agora se faz presente em mim, o que deixa a situação mais intrigante ainda. Por que tenho duvidas quanto a um simples, e muitas vezes inútil sentimento? Porque não sei descrever o que sinto, sendo que o sinto fortemente dentro de mim?
Dúvida cruel! Sanguinária, que faz sofrer e ao mesmo tempo trás algo quente, prazeroso.
É difícil viver com algo assim em meu interior, mas a dificuldade me leva a querer esse sentimento mais e mais, como um ato masoquista.
Masoquismo ou não, essa sensação persiste e continuará assim por um tempo indeterminado.

Raiane.R.Reinell