segunda-feira, 25 de abril de 2011

Em que devo crer?

Às vezes ficamos em dúvida em que acreditar. É normal. Eu acho. Ou pelo menos, quero acreditar que seja. Ser diferente, pode ser complicado. Mas é bom saber, que não se é apenas mais um. Ser de uma minoria? Muito complicado. Ser aceito? Pior ainda. O que magoa, é não ser aceito por quem você ama. O resto? É apenas o resto do mundo. São muitas coisas, que dizem, que devemos acreditar. São muitas coisas, que tentam, obrigar-nos a acreditar. Mas, não dá certo. Nós que devemos decidir. Cada um tem os seus conceitos. Metas. Objetivos. E entre outras coisas , que definem a nossa forma de ver o mundo. É normal ter dúvida. Uma hora ela passa. Eu espero. Não seja volátil. Não precisa aceitar as imposições. Quem manda na nossa mente, somos nós. Nada de ser subordinado. Se quer acreditar, acredite. Se não quer, não acredite. A decisão é exclusividade sua. Sei que é difícil. E como sei. Para começar descubram em que não acreditam. O que não aceitam. Depois tudo fica mais fácil. E com o tempo, tudo se acerta. Ou pelo menos, deveria.

Jéssica A. Espindula.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Inevitável



Inevitável. Inevitável me sentir assim. As dores percorrem meu corpo por muitos caminhos. A vontade não segue caminho algum, pois está presente por completo. Nada mais passa despercebido. Os espasmos são curtos, mas intensos. Os lapsos na memória não seguem padrão algum, só me fazem sofrer.
O destino, ou seja, lá o que for me leva a um caminho estranho, cheio de dúvidas e vontades estranhas. Só uma vontade não é estranha, é uma vontade feliz, de estar presente onde não estou. As estranhas não passam de surtos de adrenalina ou coisa parecida.
Ultimamente tenho percebido o quão louca estou me tornando. As coisas não seguem mais como o planejado. Seguem bem, mas saem do curso com um navio que tem um porto a chegar mais usa uma rota alternativa. O importante é chegar onde eu quero. Isso é importante.
As mudanças continuam algumas boas, outras não. Não me importo. Quero é seguir. Pena que seguir não é tão fácil. Eu nado contra a maré, corro contra o vento e desvio os olhos do sol que vai nascer. Não escolhi ser normal e, assumo as conseqüências. Assumo o fato de ter um olhar diferente, de sorrir quando muitos choram e de chorar quando muitos sorriem. Assumo o fato de estar situada em um mundo estranho, em outro planeta.
Algo em mim me faz querer correr para longe daqui, pra bem longe. Mas algo me faz parar, respirar fundo e seguir em frente. É isso que faço e, é isso que vou continuar a fazer. Erros vêm, erros vão, e erros ainda virão. Erros corrigi, outros esqueci e alguns ainda vou cometer. O fim pode estar próximo, mas se eu caminhar em direção a ele algo pode mudar.

Raiane.R.Reinell

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Luta


Duvida. Indecisão. Medo. Dor. Sentimentos que deixam marcas e, que muitas vezes, nem o tempo apaga. E na hora em que se deixa de acreditar em tudo o que se acreditou, caímos. Na queda descobrimos que nem tudo estava perdido. Olhamos para cima e vemos pessoas que se adaptam a uma vida de medos, duvidas e problemas maiores que os nossos.
E de repente nasce um sentimento avassalador. Capaz de trazer de volta tudo o que pensamos ter perdido. Algo do tipo, chamado esperança. É estranho saber que algo que é inconsistente pode nos fazer lutar por coisas aparentemente impossíveis. E quando as deixamos de ver como coisas impossíveis, enxergamos caminhos novos e por eles seguimos.
Felicidade instantânea? Não. Só à vontade crescendo dentro de mim de uma forma nova. Tenho vontades. Tenho medos, mas eles são pequenos!  A emoção vem crescente, desfragmentando todo meu disco rígido e limpando-me de coisas fúteis.
Os olhos brilham, a música passa a ter sentido. Uau!  A vida pode sim ser bela, pode ser vivida.  Só basta querer e lutar. Lutemos então!

Raiane.R.Reinell

Uma noite

Não posso negar, que a noite está realmente bela. As estrelas estão fascinantes. A lua está perfeita. Linda. Magnífica. Embalando os melhores sonhos. A brisa do  mar contempla a noite. As ondas, formam desenhos na área. E eu estou aqui, sozinha. Canso-me da praia. Acho que vou pra casa. Resolvi ficar na pracinha. A lua, se esconde por trás de uma árvore. Igual os meus sentimentos, escondidos por trás de uma mascara. Mas, quando estou só, eles aparecem. Me trazem lembranças e sonhos. Tudo isso é harmoniosamente acompanhado, por uma melodia. Melancólica? Não. Simplesmente uma melodia. O meu celular toca. Ninguém importante. A cada toque uma esperança. Mas, como sempre, não era quem eu esperava. A praça está vazia. Escura. Agora sim, vou para casa. Dormir. Sonhar. Talvez um dia, eles se tornem realidade. Talvez.

Jéssica A. Espindula.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sanidade


Estou em casa? Não sei. Não conheço esse lugar, não sei onde estou. Sei que já estive aqui, mas não lembro onde é aqui.  O sono me domina, mas a vontade de permanecer acordada luta com garra. Deitar e dormir pode acabar com meus problemas temporariamente, mas não os findará.  Então pra que dormir? Agora não. Se não achar as respostas ao menos vou me cansar o suficiente para dormir sem pensar em nada.
Creio que ultimamente as coisas têm mudado minuciosamente, não as percebo claramente, só sei que mudam.  São pequenos detalhes, mas que fazem uma boa diferença. A insanidade me persegue arduamente. Estou à beira de um abismo, não tenho onde me firmar para não cair. Solto os braços do único fragmento de sanidade que me resta e caio em um abismo sem fim.
Pensei que a queda seria maior e mais dolorida. Pelo contrario. Foi rápida e indolor. Estranho. Agradável, mas estranho. O baque ao tocar o solo foi mínimo e a dor, essa não houve.  O lugar me parece familiar, mas ao mesmo tempo é novo. As paredes são paredes normais, as portas também. O ar está mais pesado. Sobrecarregado com todas as minhas inseguranças, utopias e desastres e, esse é o único ar que tenho pra respirar. Cruel. Não consigo me purificar, o peso sobre meus ombros só aumenta.
Os segundos passam como se fossem horas. Nada acontece. Nada. O único som é o da minha respiração entrecortada por soluços e espasmos em meu corpo. Droga! Crise miserável que não finda.  Agora as palavras saltam da folha e vêem em minha direção. Eu fujo. Elas me perseguem. Paro e as leio. Dizem assim: “é o seu fim”.
Por incrível que pareça, essas palavras estão quase certas. Só não é o fim porque ainda existe uma força estranha que não me deixa morrer, tal força se chama fé ou talvez vontade. Só quero ir em frente. Não condenar o passado ou prever o futuro. Só quero ir.

Raiane.R.Reinell 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Enfado

Tédio. Vejo-me trancada em um beco sem saída. Em um beco escuro. Sozinha. Sem ninguém para um simples e casual, “oi”. Odeio isso. Estar sozinha. Preciso de companhia. Atenção. Mas quem? Não tenho ninguém. Pensando bem, estar só ou estar junto, tanto faz. O que realmente vale de verdade? Não sei... Pouco me importa, na verdade não quero nem saber. É tudo tão chato... Tão absurdamente chato. Tão insuportável. Odeio isso tudo... quero escrever, não consigo... Quero gritar, a voz não sai. Quero fugir desse lugar. Quero sair... Quero... Estou presa. Presa em mim. Essa casca me sufoca. Sufoca a minha alma. Preciso me encontrar.... preciso... acordar. O que está acontecendo? Estou perdida. Confusa. Não sei o que fazer. Acho que estou enlouquecendo. Será?  Ah não. Mais perguntas. Odeio perguntas. Principalmente sobre mim. Não sei respondê-las. Na verdade, não sei muitas coisas. E nunca vou saber. Isso tudo é um erro. Uma confusão. Sem respostas. Sem saída.

Jéssica A. Espindula.

Tentamos



E chegou-se um momento onde as dúvidas vagavam cruelmente em minha cabeça, torturando-me com cada pequena e sutil interrogação. Não sei mais quem sou, quem fui ou quem serei. Tudo o que antes eu acreditava já não passa de um monte de lixo, ilusões, coisas fúteis e sem sentido. Resta-me seguir em frente, sofrendo e mesmo assim lutando. Como é a minha única opção, sigo-a.
Nas dificuldades descobri que nem sempre as respostas são o alvo de tudo. Na tentativa de uma resposta simples vi que de simples as respostas não tinham nada. A cada tentativa de achá-las o sofrimento aumentava mais, foi por isso que as buscas diminuíram e a vida se estabilizou. Mas tal estabilidade de nada adiantou porque a angustia, o medo e a insegurança continuaram.
A única alternativa era desistir, mas isso seria um ato covarde, portanto, desistir jamais. E é assim que a vida segue, rindo, chorando, gritando e vivendo. As interrogações insistem em me atormentar como almas penadas, coitadas, já se tornaram minhas fieis companheiras.
Às vezes minhas companhias constantes me irritam, me fazem chorar, mas são elas que me fazem seguir em frente. Um dia eu acordo feliz, sorrisos a todos. Outro eu acordo triste e irritada resultando em um dia pesado e chato.
Acho que estou ficando louca. Espero que eu não seja a única. Pois são esses os loucos que na tentativa de solucionar os problemas mudam o mundo. Buscar soluções não é fácil, mas é necessário. E o primeiro passo é pensar em buscá-las.

Raiane.R.Reinell 

sexta-feira, 15 de abril de 2011


Um abismo
Sofrimento
Dor absoluta
Morte
Sangue,
Delírio
Penumbra
Dúvida
Vontade
Pessoas na rua
Solidão
Uma brisa,
E a luz se apagou.

Raiane.R.Reinell

Tudo errado


Tudo errado. Simplesmente tudo errado. Os sonhos já se perderam em um caminho sem volta. Resta-me apenas observar a vida, seguir o sopro do vento e sentir o sol sob minha pele.
A vontade de gritar ao mundo sumiu. Sumiu. O sol agora é o sol, a noite é simplesmente noite. Não há o desejo imutável de entender as coisas.
Sentir o sol sob minha pele, abrir os olhos para o sol e ouvir uma melodia agradável tornaram-se rotina. Apesar de não ter mais vontade de gritar a vida segue. No caminho houve erros e que hoje já não passam de motivos para umas boas gargalhadas. Ouvir musica serve para refletir; olhar o sol lembra-me que o calor é bom e a noite, escuridão, faz-me lembrar o quão passiveis do fim nós somos.
    Não sei o que aconteceu, pode ser que não tenha sido nada, mas de qualquer forma está tudo bem. O sol bate em minha pele e um sorriso ingênuo se forma, talvez pelo fato de nunca ter apreciado esse momento.
    É interessante ver a vida seguir. Observar a vida de um banco em uma praça, ver os dias passarem e sentir que o fato de ter algo errado não significa estar ou ser ruim. Isso é agradável, diria magnífico.

Raiane.R.Reinell

terça-feira, 12 de abril de 2011

Gostaria

Essa forma de escrita, não é o que eu costumo escrever. Mas, o texto a seguir é muito importante. Eu não o criei sozinha. Tive uma ajudinha especial, da minha mãe. Ela que deu o pontapé inicial na criação, e não quis assiná-lo. Mas, acho que vocês deveriam saber, que ele foi uma parceria. Espero que gostem. Boa leitura!!!

Gostaria de ser gente.
Gostaria de ser alguém.
Gostaria de ser eu mesma.
Quem sou eu ?
Viver é simplesmente isso...
Querer ser e não poder.
Buscar e não alcançar.
Sorrir com vontade de chorar.
E no final do dia...
Apego-me à mesma pergunta...
Quem sou eu ?
Sou apenas mais um ser humano,
Como tantos outros...
Perdido no mundo!

Jéssica A. Espindula

Convite

O cotidiano incomoda. Causa repulsa. Tédio. Incomoda. É chato, saber o que vai acontecer durante o dia. Fazemos de tudo para tentar quebrar a rotina. Mas, nem sempre conseguimos. Esperamos, sempre, a primeira oportunidade de fazer algo diferente. Aliviar a mente. Passamos a buscar diversão. Particularmente, conheço uma forma melhor de relaxar. Escrever. O ato de escrever acalma. Passar para  os leitores  o que sente, é um desabafo. A escrita é ótima para se fazer críticas. É uma bela forma de  expressar-se e de relatar fatos. Uma simples palavra, faz uma grande diferença. Ora incentiva, ora desencoraja. Alegra. Entristece. Um bom conjunto de palavras nos acorda. Faz com que refletimos. Sobre nós. Sobre a vida. Sobre o mundo. Isso é ótimo. Sempre é bom parar para pensar.  Não fazemos isso com muito frequência. Se fizéssemos talvez tudo seria diferente. Ou não. Talvez faríamos tudo igual novamente. Vai saber. Não dá para entender tudo. Nunca dá. Mas, que tal pensar um pouquinho? Que tal ler ou escrever para refletir? O mundo precisa disso. De reflexão. Não tenham medo de se expressar. Não tenham medo de críticas. Não tenham medo de encontrar respostas. Apenas reflitam.

Jéssica A. Espindula.

Será?

Como distinguir e classificar o que sentimos? Como saber exatamente o que está acontecendo? Essa confusão de sentimentos me deixa meio louca. Uma amizade pode se tornar uma paixão. Uma paixão pode se tornar uma amizade. Mas, como saber que isso aconteceu?  Complicado.  Já me fiz essa pergunta várias vezes. Gostamos de muitas pessoas. Parentes. Amigos. Colegas. Mas, às vezes esse gostar se modifica. E  ficamos muito confusos.  Os abraços, carinhos, passam a ter outro gosto. Dá medo. E sempre surge a pergunta, será que eu estou confundindo as coisas? Infelizmente só sabemos depois de arriscar. Por medo, de perder a amizade, não descobrimos. Se apaixonar por um amigo ou amiga, é estranho. Você passa a agir diferente. Mesmo sem perceber. A Amizade muda. Isso é triste. Passamos a pensar nisso, o tempo todo. Será que me apaixonei? Não, não pode ser. Sempre falamos isso. Esse tipo de paixão, por amigos, é comum. Afinal, sempre estamos muito próximos dos amigos. Se intensificamos. Trocamos confidencias. Tristezas e alegrias.  A casos em que dá certo. Namoram, até casam. Mas, nem sempre acontece um final feliz. Magoam-se A amizade acaba. Por isso, sofremos medo de se apaixonar. A paixão é algo involuntário. Inseguro. Inesperado. Simplesmente acontece.

Jéssica A. Espindula.


sábado, 9 de abril de 2011

Confusão


Que droga! Que droga!
Coragem miserável que não vem à tona!
Desejo insaciável,
Dor onipotente
Sonho irrealizável
Vontade que não cessa
Álcool que não faz efeito
Sangue sem gosto bom
Leitura sem letras
Oras bolas!
Que droga!
Vida que não segue
Caminho sem rumo!
Por que não o fim?
Esse também não vem
Vejo tudo.
Não vejo nada!
E, portanto também não escrevo nada.
São só palavras,
Sem sentido,
Sem fim.

Raiane.R.Reinell

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Era uma vez


E a hora passou, e nada aconteceu. Simplesmente nada. Tudo ficou estático no tempo. A única coisa que permanecia em movimento era a minha raiva. Essa sim, ela crescia e crescia a cada segundo que se passava. E nada era suficientemente bom para me acalmar. O tic-tac do relógio estava por um fio, pois a cada barulhinho insignificante minha vontade de atirá-lo pela janela crescia. Bom, o som ainda permanecia, eu não estava estressada o suficiente para destruí-lo, mas na próxima ele pode não ter essa sorte.
E são em momentos assim que pequenos atos podem assumir a força de uma bomba atômica. Um simples gesto pode por abaixo toda uma vida. Uma palavra pode ter o efeito de um veneno que corrói tudo por dentro e um olhar pode, em segundos, se tornar um fuzil.
E era uma vez, uma pessoinha que tinha tudo na vida, cometia seus erros, tentava concertá-los e seguia em frente. E ao olhar pra trás viu que não tinha feito nada, só caminhado. Tentou voltar atrás, mas ficou presa em seus próprios pesadelos. Corria durante sua infeliz vida um caminho sem volta, escuro, tendo como companhia uma consciência pesada e assassina.

Raiane.R.Reinell

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Louca?


E chegou-se um momento onde as dúvidas vagavam cruelmente em minha cabeça, torturando-me com cada pequena e sutil interrogação. Não sei mais quem sou, quem fui ou quem serei. Tudo o que antes eu acreditava já não passa de um monte de lixo, ilusões, coisas fúteis e sem sentido. Resta-me seguir em frente, sofrendo e mesmo assim lutando. Como é a minha única opção, sigo-a.
Nas dificuldades descobri que nem sempre as respostas são o alvo de tudo. Na tentativa de uma resposta simples vi que de simples as respostas não tinham nada. A cada tentativa de achá-las o sofrimento aumentava mais, foi por isso que as buscas diminuíram e a vida se estabilizou. Mas tal estabilidade de nada adiantou porque a angustia, o medo e a insegurança continuaram.
A única alternativa era desistir, mas isso seria um ato covarde, portanto, desistir jamais. E é assim que a vida segue, rindo, chorando, gritando e vivendo. As interrogações insistem em me atormentar como almas penadas, coitadas, já se tornaram minhas fieis companheiras.
Às vezes minhas companhias constantes me irritam, me fazem chorar, mas são elas que me fazem seguir em frente. Um dia eu acordo feliz, sorrisos a todos. Outro eu acordo triste e irritada resultando em um dia pesado e chato.
Acho que estou ficando louca. Espero que eu não seja a única. Pois são esses os loucos que na tentativa de solucionar os problemas mudam o mundo. Buscar soluções não é fácil, mas é necessário. E o primeiro passo é pensar em buscá-las. 

Raiane.R.Reinell