quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

INCERTEZAS: LIBERDADE E FELICIDADE

Os sons vão se distanciando e as coisas ficando mais opacas, quase indefiníveis, nesse momento só restam a incerteza a duvida e, um numero incontável de porquês e interrogações.
A vida segue, os dias correm, os segundos se passam e o mundo vai girando. Neste tempo perguntas são respondidas e outras surgem. Duas perguntas sempre seguem ou perseguem a todos: somos livres? Somos felizes?
São infinitas, ou quase, as definições para liberdade ou para o ato de ser livre, mas qual é a mais correta? E há ainda a possibilidade de não haver, de não existir liberdade, sendo assim como se define algo que não existe? Qual a finalidade para tudo isso? Como reger um mundo que, nem ao menos se conhece por completo e onde tantas dúvidas surgem e poucas são respondidas?
Liberdade? Paginas e paginas poderão ser escritas e nada poderá ser respondido. Se há uma lei que guia o mundo e se, para alguns ser livre é tomar suas próprias decisões tendo como base sua própria vida, então todas as decisões terão um fundamento externo. Portanto, nunca serão 100% livres. Todos os atos possuem um fundamento concreto ou espiritual para que se possa seguir adiante
Ou seja, somos influenciados em tudo, fazemos parte de uma cadeia de reações que já vem acontecendo há muito tempo e que até hoje nos persegue, padronizando nossas ações e nos prendendo a algo que antecede nossa existência.
Liberdade, do Latim libertas, em um sentido geral significa a capacidade de agir por si mesmo, mas este conceito se amplia muito além disso. Mas se tratando de filosofia, vários pensadores buscaram conceitos pra a liberdade. Para Kant, ser livre é ter responsabilidade por seus próprios atos, o que é coerente, mas duvidoso.
Para Sartre, um existencialista, “somos livres porque somos aquilo que fazemos do que fazem de nós”. Mas como ser livre se algo nos conduz? É impossível ser livre a esta maneira.
Espinoza diz que o “homem livre é aquele que, seguindo apenas os conselhos de sua razão, não é guiado em suas atitudes pelo medo da morte, mas que deseja diretamente o bem”. Este conceito já envolve outra questão: a morte, que até hoje não se conhece ao certo.
Para definir liberdade varias outras palavras seriam postas a prova, e isso transformaria uma duvida em varias. Se o fato sentir-se livre contribuir para alguma coisa, muitos continuarão a usá-la, mas outros se viram livres de um grande peso. É simplesmente relativo.

Raine Reinell.

Um comentário:

  1. Olá, Raine, estou conhecendo o blog agora. Um colega meu está divulgando no orkut, daí me chamou a atenção.

    Bom, de fato existem inúmeras interpretações para a liberdade. E um ponto curioso, que envolve Sartre, é a contribuição da liberdade para alguma coisa de que vc tratou na parte final do texto. Bem, em Sartre não existe esse "sentir-se livre", a Liberdade nos é dada de graça(" condenados a ser livres"). Sarte também não deixa lado os fatores externos(a facticidade),a saber, o contexto histórico em que estamos inseridos. A isso Satre responde que a história nos determina ao mesmo tempo em que a fazemos.

    No mais, se a liberdade é relativa, deixo a minha opinião, que nem se de fato é minha: nos determinamos porque somos livres.

    Aquele abraço!

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