Fazia muito tempo.
Quase uma eternidade.
Fazia muito tempo,
que não se via poças na calçada,
a terra molhada.
Fazia muito tempo,
que as lágrimas não corriam paralelas à chuva.
Fazia muito tempo,
que o gotejar incessante,
não fosse o mesmo de um coração pulsante.
Fazia muito tempo,
Que a janela tão pequena,
Não se tornava a tela do mundo gigante,
Fazia muito tempo,
Que o céu antes azul,
Se tornasse cinzento,
E o dia mais barulhento.
Fazia muito tempo,
Que o corpo tão quente,
Não se sentia o molhado da chuva,
Fazia muito tempo,
Que as palavras, tão pequenas,
Não saiam para o papel
Fazia tempo,
E tempo de mais,
Para não se fazer algo
Algo completo,
Não,
Sempre inacabado.
Raiane.R.Reinell
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