sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Monotonia

E toda monotonia seguia seu curso. Tédio, tédio e mais tédio. A hora demorava a passar cada segundo parecia uma eternidade. A falta de algo para fazer tornava o dia mais insuportável.  Restou-me apenas escrever. Foi o que fiz.
As palavras ansiavam pelo papel assim como meu subconsciente ansiava por passá-las para o papel. E nessa necessidade, pus-me a escrever e, nesse ato compulsivo conclusões e novas perguntas vieram-me à cabeça.
Por que somos forçados a seguir em frente quando algo do passado nos prende? Uma pergunta interessante, mas com uma resposta um pouco simples, seguimos em frente porque não somos capazes de viver a sombra dos outros. Só de pensar em viver sob outros, escondidos sentimos repulsa. Por isso deixamos o passado se tornar uma lembrança e seguimos em frente.
Se o passado nos fere, porque persistimos com ele, e realizamos atos masoquistas? Essa eu não sei. Só sei que eu o faço com freqüência. Mesmo tendo sofrido no passado, faço questão de relembrá-lo, talvez, não sei, porque mesmo sofrendo aprendi algo com a dor.
Foram muitas as perguntas, muitas ficaram sem resposta, outras decidi deixá-las de lado, pois me tomavam muito tempo. Mas de algo eu gostei. Ao pensar nos problemas da vida, percebi que o tempo passou de uma forma assustadora. Preocupei-me tanto em resolvê-los que o tempo passou e a vida seguiu. Ainda bem.

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