quinta-feira, 14 de julho de 2011

Descoberta




Tudo caminha de forma estranha. Sinto-me vazia. Sinto-me só. A vontade de chorar é impertinente. Corrói-me por dentro. Sei que não estou sozinha. Sei disso. Sinto-me só. É estranho. É desconfortável. Não sou normal. Admito.
A respiração é acompanhada mentalmente. O fechar dos olhos é frio e calculista. A música se torna um ato masoquista muito agradável. Ela causa mais dor através de seus solos de guitarra e letras cabalmente românticas. Cada mínima variação de som eleva o que sinto.
A tristeza vem sem motivo algum. Não vai embora. Fica somente adormecida. A qualquer variação emocional a tristeza desperta. A dor vem e descubro que não é tristeza. É saudade.
Sentimento significativo. O ato de senti-lo é cruel. Sua origem é nobre, ou melhor, agradável. Muitas coisas vêem a mente, memórias muito boas. Sorrisos. Olhares. Abraços. Enfim, felicidade. Agora, a lembrança é o que restou. Restou também a ânsia por matar a saudade. Esse é o único meio de sobreviver.

Raiane.R.Reinell

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